Com a abertura do mercado de resseguros no Brasil, a responsabilidade para aceitação e resseguros de riscos empresariais, que antes eram repassadas exclusivamente ao Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), passou a ser distribuída para mais de um ressegurador.
A nova lei, que levou sete anos para ser elaborada, deverá sim impulsionar o setor, trazer crescimento e novos produtos. Setenta e sete resseguradores já estão atuando no país, nas três categorias, mas a análise do risco não é linear, permitindo a avaliação caso a caso e aceitação ou não.
Os esclarecimentos foram apresentados na manhã desta terça-feira, 26 de outubro, em Porto Alegre, pelo Diretor de Riscos Especiais da Marítima Seguros, Claudio Saba.
Ele foi o painelista do workshop “Aceitação e Resseguros de Riscos Empresariais”, promovido pelo Sindicato das Seguradoras no RS.
O tema tem sido motivo de debate entre seguradores e corretores, estimulando a entidade a promover esse evento, atendendo a expectativa do mercado. O público lotou o auditório da Escola Nacional de Seguros.
Claudio Saba, 27 anos de experiência no setor, mostrou a evolução do processo de resseguros no Brasil, que durante 68 anos esteve no monopólio do IRB.
Ele deixou claro que ao aceitar um risco, a seguradora não pode arriscar uma carteira sólida e por isso muitos riscos são negados. “Os resseguradores internacionais estão interessados no nosso mercado, até oferecem treinamentos, mas não ensinam os detalhes, temos que aprender por nós mesmos”, confessou.
Ele alertou ainda que seguradoras e corretores que não agregarem valor, vão desaparecer. O presidente do Sindseg-RS, Julio Cesar Rosa, disse que a entidade continuará fomentando essa discussão em benefício do mercado.(Fonte:Sindseg - RS - Assessoria de Imprensa)