Inovação exige liderança, estratégia, cultura e clima organizacional. Além disso, para o presidente da Rede Gaúcha de Incubadoras (Reginp) e Parques Tecnológicos da Pucrs (Tecnopuc), Roberto Astor Moschetta, convidado do Meeting de Tecnologia desta terça-feira (19/05) da Federasul, “gente envolvida no processo é fundamental”.
Apesar de não ser novidade, há alguns anos os habitats de inovação e parques tecnológicos vêm ganhando um espaço diferenciado na mídia, perpassando as editorias de ciência e tecnologia e ganhando um enfoque mais político e abrangente. Para Moschetta, é preciso fomentar o processo de inovação como um todo quando se trata do assunto. “Incubadoras e parques tecnológicos são ambientes limiares, de fronteira, em que o questionamento é constante”, sustentou. Ele destacou também que a perspectiva dos habitats de inovação tem um conceito amplo e envolvente, muito além do espaço físico. “Este é o maior desafio para que isto se desenvolva”, afirmou.
De acordo com Moschetta, a grande diferença entre um distrito industrial e os parques tecnológicos está no processo inovador que congrega, em um só ambiente, laboratórios de pesquisas, empresas e universidades. No entanto, ele enfatiza que a maior dificuldade para que os parques e incubadoras se mantenham e se tornem sustentáveis por sua operação é conseguir financiamento. “Este é o gargalo a ser vencido no ambiente de incubação”, destacou.
Moschetta evidenciou que os habitats de inovação como a Tecnopuc devem transbordar seus espaços e permear a comunidade, embora seja necessária uma boa condução em nível de gestão a fim de aumentar suas demandas e alternativas de crescimento. “Nenhum outro estado brasileiro tem a estrutura que temos aqui, com três parques tecnológicos: Tecnopuc, Tecnosinos e Valetec, porém, inovação não se sustenta sem o conhecimento”, sinalizou. (fonte: Imprensa Federasul)
