terça-feira, 20 de julho de 2010
Braskem desenvolve resinas para revestimento de dutos de aço utilizados no transporte de petróleo
Para atender ao crescente mercado de exploração e produção de petróleo e gás natural em águas profundas, a Braskem lança duas resinas de polipropileno – PCD 0140 e PCD 0140BR. Desenvolvidas com a mais alta tecnologia, as novas resinas chegam para abastecer o mercado de revestimento plástico para tubulação e dutos off-shore de transporte de petróleo e gás em ambiente marítimo. Antes da entrada da Braskem no mercado, o setor era abastecido por resinas importadas.
“Esse é um mercado muito promissor para o país e uma oportunidade para a Braskem, principalmente depois da descoberta da camada de pré-sal”, destaca Rui Chammas, vice-presidente da Unidade de Negócios de Polímeros da Braskem, que complementa: “Desenvolver uma resina de alta tecnologia para atender a essa demanda é um diferencial importante, em especial porque esse é um mercado de grandes volumes e base para a economia nacional”.
Principal ator em prospecção no país, a Petrobras vem desenvolvendo tecnologias cada vez mais avançadas para a perfuração de poços em águas profundas, o que tem permitido à companhia explorar e produzir em águas profundas e ultraprofundas, a exemplo das áreas do pré-sal.
Para acompanhar os avanços da Petrobras, a Braskem se uniu a dois produtores de tubos para desenvolver resinas que atendessem às exigências do setor. São eles: Bredero Shaw e a Socotherm, “líderes mundiais em soluções para revestimento de tubos no setor petrolífero”, explica Walmir Soller, diretor do Negócio de Polipropileno.
Para integrar os poços às plataformas nas bacias petrolíferas marítimas, ou para “exportar” o petróleo das plataformas para terra, são necessários muitos quilômetros de dutos. Com os projetos de plataformas novas da Petrobras o potencial de uso de revestimento de polipropileno é imenso.
A grande importância do revestimento de polipropileno nos dutos de aço utilizados no transporte de petróleo é atuar como isolante térmico, ou seja, manter o petróleo na temperatura em que ele é extraído da terra, que pode alcançar até 130ºC. Se a temperatura do petróleo cair para menos de 50 a 60ºC, o petróleo deixa de fluir pela tubulação, ocorrendo a sua esclerose. Neste uso a espessura de PP pode chegar próximo dos 100 mm. Já nos gasodutos o PP atua na proteção anticorrosiva do duto metálico. Neste caso, a exigência de espessura é bem menor, sendo em média de 4 a 5 mm.
Para se credenciar como fornecedora de matérias-primas para a Petrobras, a Braskem passou por um cuidadoso processo de homologação das suas resinas, que durou mais de um ano. A Petrobras tem compromisso em utilizar o máximo de conteúdo nacional em suas encomendas.
O primeiro uso de resinas de polipropileno da Braskem será na plataforma P-55, onde os tubos de exportação de petróleo e gás, que somam mais de 80 km, utilizarão a PCD 0140 e a PCD 0140BR. No total serão quase 3 mil toneladas de polipropileno apenas neste projeto. A perspectiva é atingir o consumo de 6 mil t/ano em 2010 e 12 mil t/ano a partir de 2013. Destaca-se que a Petrobras deve construir mais 15 plataformas de grande porte até 2017, sendo cerca de 10 plataformas para o pré-sal e as demais para o pós-sal. (fonte: Moglia)